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quarta-feira

O VISITANTE NOTURNO






Pousou agora mesmo – precisamente sobre a velha caneta que eu havia erguido um momento à cata de um adjetivo – um insetozinho verde que tem a forma exata de um escudo.

Veio da noite, atraído pela luz da minha janela. Sua gentil visita me compensa não sei de quê.

Fico a examiná-lo em silêncio: nada posso nem sei dizer-lhe.

E assim nos quedamos por um breve instante frementes, incomunicáveis e juntos... Dois universos dentro de um mesmo mundo!

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